“Asas ao Vento”

“Asas ao Vento”
Grupo Teatral Epifania da cidade de Jaú se apresentou na Sala Miguel Mônico

Na noite do sábado, mais precisamente no dia 5 de novembro às 20 horas, na Sala Miguel Mônico foi contada a história do comandante João Ribeiro de Barros. Difícil não ser remetida ao passado e pensar que estava diante de Santos Dumont. O retrato de família mostrou a volta no tempo – foi o caminho e o convite para a viagem que se seguiria. A movimentação dos atores em cena retratou a luta de João Ribeiro de Barros para alcançar seu grande feito. O sonho das asas nos levou a voar. Pegamos carona na viagem do comandante e vimos que o tempo, que tantas mudanças provocou, não mudou a essência do ser humano. O sonho, a traição, o desejo de dinheiro, a política. O bairrismo e a competição. Sentimentos que marcaram a conquista. E enquanto a política se preocupara com méritos nós, nas poltronas, seguíamos viagem. A volta à infância. A presença forte de Margarida Ribeiro Barros. Asas ao Vento foi uma montagem acerca da ousada viagem sobre o Atlântico do aviador Comandante João Ribeiro de Barros, herói nacional pouco conhecido em seu próprio país. O espetáculo é um convite ao onírico, ao poético. Materializa no tablado a necessidade que o homem tem de sonhar e fazer carne seus sonhos e desejos. Não é a história de um homem, mas o reflexo da história de todos que um dia ousaram e cumpriram sua ousadia. De Quixote a Santos Dumont, do pequeno João ao João Comandante, o que fica é a coragem e o convite feliz para persistirmos. Dessa vez, no adiantado da hora e com a exaustão de um dia repleto de atividades, não foi possível ficar e “tietar” o grupo. Foi preciso me privar das discussões levantadas pela equipe do Projeto Ademar Guerra – Sérgio Ferrara, Aldo Valentim e Expedito Araújo – para sonhar em meu lar, retomando as forças para no domingo recomeçar. Sentimos – o público que lá estava – falta da discussão, mas era hora de ir para casa.

O sonho que marcou infância: o ontem e o hoje

Um momento unico